O ser humano e a natureza necessitam da luz do sol para viverem. O homem e a natureza recebem a luz solar e esta decompõe-se em sete raios principais que são distribuídos pelos corpos físico e energético. Havendo um desequilíbrio dessas cores corre-se o risco de se abrir o caminho a “doenças” que podem vir a refletir-se num dos nossos corpos - físico, emocional, mental e psíquico -; adoecemos.
A utilização das cores com fins terapêuticos é uma prática comum desde as antigas civilizações do Egito, da Grécia e da India. Já o ocidente e a ciência moderna, com seu habitual desdém, classifica-a de irrelevante e como crendice popular. No entanto, as cores, além de controlarem os aspetos físicos e espirituais do ser humano, exercem influência sobre as situações do cotidiano, sendo importante, por exemplo, que se preste atenção à roupa que se usa em certas situações que se querem controladas. Situações específicas requerem cores específicas.
Na Índia e na China o poder das cores é usado há milhares de anos como forma de energia que influencia os aspetos da vida física, espiritual e material. Os centros energéticos do corpo (chacras) são regidos por cores, devendo tomar-se todo o cuidado para que o equilíbrio entre o material e o astral se mantenha inalterado no propósito de se preservar a saúde, a felicidade e a sanidade.
A cor está intimamente ligada a todos os aspetos da nossa vida e todas as pessoas são afetadas pelas cores. A cor permeia a nossa linguagem, a nossa cultura e a nossa saúde. Servimo-nos das cores para descrever o nosso bem-estar físico, as nossas emoções, as nossas atitudes e experiências espirituais: “ver tudo cor-de-rosa”; “ficar vermelho de raiva”; “estar verde de inveja”; “ter uma oportunidade de ouro”; “ver tudo azul”; “está tudo negro”; etc., etc. Cada cor tem uma vibração específica e é essa “vibração” que é usada no propósito de ajudar o restabelecimento do equilíbrio energético no organismo, fator indispensável à saúde. A cromoterapia ajuda a restabelecer a cura. No tratamento cromoterápico, podem-se utilizar várias técnicas como fonte de cura ou harmonização: luz do espectro solar, luz de lâmpadas coloridas, bastão luminoso, alimentos, mentalização e ainda o contato com a natureza. Para o nosso trabalho aqui apenas interessa a “cor energética”, aquela que pode ser percebida até no escuro porque é manifestação da “Luz” como energia que nos interessa (quando estiver atrapalhado não vai ter nem lâmpada nem bastão à mão!).
Cada cor, cada frequência de luz, tem a sua característica própria e a capacidade de afetar diferentes energias da essência humana. As cores de frequência mais elevada podem afetar as frequências mais altas do cérebro, enquanto as de frequência mais baixa podem afetar os sistemas ou as energias que operam no interior do corpo físico.
As cores não são mais que comprimentos de onda que o cérebro humano descodifica e interpreta, do mesmo modo como interpreta o som de uma nota musical cujos efeitos diferem consoante o comprimento da sua onda (o cérebro dos animais não interpreta as cores como o do homem) e, ainda que o nosso corpo esteja relacionado com as cores do espectro (ver figura inicial), na cromoterapia, havendo uma “doença”, deve tomar-se mais atenção à moléstia e à região onde ela se manifesta, isto porque os chacras regendo esta ou aquela região do corpo, eles próprios “exigem” a sua cor que pode nada ter a ver com a cor necessária à “moléstia”. Por exemplo: para a diabetes usa-se o amarelo que é a cor do chacra que governa o pâncreas, mas usa-se igualmente o amarelo em caso de esgotamento nervoso, situação onde se poderá usar igualmente as cores violeta e anil por serem as cores que regem o 7º e 6º chacras; para uma inflamação, independente da região corporal a tratar, usa-se o violeta ou o anil, que são as cores do 7º e 6º chacras.
Harmonizando-se as energias, facilita-se a cura tanto a nível físico como emocional, já que estes dois campos estão interligados e, ainda que possamos aplicar a cromoterapia a tudo que seja filho da Criação e que irradie energia (um animal, uma planta, uma pedra, a água, são exemplos de seres vivos. Já um cadáver, não irradia energia), quero referir-me aqui apenas ao Homem, a quem se pode aplicar a cromoterapia em todo o corpo físico e energético ou apenas a um único setor. [porque me têm posto a questão, faço aqui um esclarecimento: Não há qualquer interesse em aplicar a cromoterapia a “espíritos”. O porquê é simples: os espíritos já são seres de luz, podem é andar afastados da sua “fonte”. Nestes casos, se situação houver que recomende alguma intervenção, a melhor ajuda que lhes podemos fazer é indicar-lhes a sua condição de Ser de Luz e que precisam de encontrar seu Mundo de Luz, a Casa do Pai.].
Porque cada cor corresponde a uma concentração de determinada frequência de luz, ela pode ser estimulante ou deprimente, construtiva ou destrutiva, repulsiva ou atrativa e ser usada para curar e equilibrar, bem assim para estimular níveis de consciência mais profundos. Existem apenas 3 cores primárias: vermelho, amarelo e azul; as demais são misturas destas. Azul, índigo/anil e violeta são cores calmantes; vermelho, laranja e amarelo são estimulantes; o verde é equilibrante.
Podemos aplicar a autocromoterapia em qualquer momento, sendo exigido, de acordo com a evolução de cada um, uma concentração mínima. A minha sugestão é que se aproveite o final de uma meditação qualquer para visualizar-se a cor desejada e, num procedimento autossanitário, se a aplique onde necessário. É possível também usar a cromoterapia à distância, em benefício de outrem.
PRETO
O preto não é cor para ser usada em terapia pois funciona como isolante chamativo “de tudo que não tem luz”. O preto é a ausência de cor; simboliza seriedade, autoridade; quando em excesso pode significar introversão, intolerância e renúncia.
VIOLETA
A cor violeta liga-se à glândula pineal e ao chacra coronário, no alto da cabeça. É uma cor de libertação, purificação, transmutação de energias sendo útil em situações de distúrbio, ou doença, de natureza nervosa, mental e mesmo psicológica (casos de angústia, confusão mental, desconexão com a realidade, desequilíbrio nervoso/mental/psíquico, depressão, fobia, obsessão). O violeta combate doenças dermatológicas e desintoxica o organismo (é bom beber água alquímica irradiada pela cor violeta); útil em casos de reumatismo; facilita a produção de serotonina; favorece a criatividade e a expansão da consciência.
ANIL
A cor anil liga-se à glândula da hipófise (pituitária) e ao chacra frontal, a meio da testa na linha das sobrancelhas. É uma cor analgésica, calmante em estados de ansiedade; útil nas doenças pulmonares, inflamações e dores. Liga-se à beleza e à arte, ao sistema nervoso central e ao sistema endócrino (hormonal); liberta de medos e inibições.
AZUL
O azul tem correspondência com a tiroide e o chacra da garganta. É relaxante e antissético; útil nas dores de queimadura e de cortes e nas doenças de metabolismo (controle de peso), da garganta e dos olhos. Facilita a comunicação verbal e tem uma ação reguladora sobre o metabolismo hormonal.
VERDE
O verde liga-se ao chacra cardíaco, ao timo, aos pulmões e aos brônquios sendo útil nas doenças do coração, circulatórias e de baixa imunidade. Facilita o equilíbrio e a serenidade e tem um efeito refrescante e de harmonia holística; ajuda a regular a prisão de ventre e a pressão arterial (verde claro para a pressão alta; verde escuro para a pressão baixa).
AMARELO
No plano geral, a energia da cor amarela atua sobre o sistema nervoso central e a atividade cérebro-mental, melhora o equilíbrio, a autoestima, a vontade, o intelecto, a intuição, a concentração, a criatividade.
No plano local, o amarelo liga-se ao 3º chacra, no plexo solar ou boca do estômago, e rege o sistema nervoso simpático, as glândulas suprarrenais e os músculos; útil no esgotamento nervoso, problemas digestivos, prisão de ventre, doenças do pâncreas, do baço e do fígado; ajuda a controlar o sistema nervoso vegetativo (ação antidistónica), o nível de insulina no organismo, as emoções e os prazeres imediatos. Facilita o raciocínio e a criatividade.
O amarelo é contraindicado em casos de insónia, delírio, demência e diarreia e em pessoas extremamente nervosas e/ou inseguras.
LARANJA
A vibração laranja estimula o sistema respiratório e o endócrino, particularmente as suprarrenais, os ovários e os testículos; estimula a circulação sanguínea, a lactação pós-parto, a tiroide, e a secreção das hormonas femininas; tonifica e combate a fadiga; aumenta o tónus sexual; tem uma ação sobre o metabolismo do cálcio, contribuindo para a consolidação de fraturas.
O laranja é uma cor quente, que libera, desativa, elimina, desbloqueia e limpa; promove a alegria e ajuda a eliminar o sentimento de prostração; estimula as funções mentais; eficaz no tratamento de doenças respiratórias, infeções e epilepsia.
É a cor do 2º chacra, o umbilical, 2cm abaixo do umbigo; também chamado de esplénico, sacro ou do baço, é o chacra da aceitação que rege uma quantidade de órgãos fundamentais à vida (rins, bexiga, intestinos - grosso e delgado -, apêndice, glândulas e órgãos do aparelho reprodutor e sexual (m/f)) e que controla as emoções de absorção, eliminação, retenção e liberação que influenciam o bom funcionamento do corpo físico. É o chacra do cotidiano, dos desejos, das paixões, da manutenção da espécie, da sensualidade e dos apegos materiais. É responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as energias cósmicas mais sutis que são distribuídas pelo corpo. Além dos órgãos atrás referidos, este chacra regula tudo que é líquido como o sangue, a linfa, os sucos digestivos, o esperma e as hormonas estrogénio e testosterona. Quando estimulado, propícia uma boa captação energética. Muitos dos incómodos do dia-a-dia têm aqui a sua “nascente” que depois se espalham pelos mais variados sistemas e sob as mais diversas formas de manifestação.
O laranja deve ser evitado por pessoas extremamente emocionais.
VERMELHO
A cor vermelha está ligada ao chacra da raiz, o 1º, na base da coluna, entre a costura dos órgãos genitais e o ânus. É uma cor estimulante que combate a falta de coragem e vitalidade, a depressão e a anemia; melhora a circulação sanguínea; aumenta a temperatura do corpo mas, em excesso pode aumentar a tensão nervosa e é contraindicado em casos de inflamação, distúrbios emocionais e pressão arterial alta.
BRANCO
É a união de todas as cores. Simboliza a pureza e representa simplicidade e sabedoria. Em excesso pode ser sinal de imaturidade, idealização ou severidade.
Quando o organismo recebe luz branca liberta as vibrações negativas provenientes das doenças (vibrações negativas de emoções e sentimentos são “purificadas” com a luz violeta).
Sugestão de como fazer a autocromoterapia, em situação de não doença (*):
No final da meditação, varra o seu corpo com as 7 cores base do arco-íris aplicando cada cor à região corporal correspondente (ver figura ao lado). Comece por imaginar uma bola BRANCA abaixo dos seus pés que à medida que vai subindo pelo seu corpo físico muda sucessivamente para VERMELHO – LARANJA – AMARELO – VERDE – AZUL – ANIL – VIOLETA de acordo com a região do corpo que está a varrer saindo depois para o espaço numa cor indefinida e encerrando em si tudo o que é prejudicial ao seu equilíbrio fisico-psico-emocional e que aí irá ser reciclado pelas Energias mais subtis das Hierarquias Superiores. Repita este exercício 3 a 5 vezes.
(*) - Havendo alguma situação a requerer uma cor própria, aplique-a localmente depois da autocromoterapia geral projetando a cor, com ou sem posicionamento das mãos sobre a região do corpo a cuidar.
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